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Leão esfolado até ao osso

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Mensagem  furioso Qui Fev 26, 2009 9:32 am

Leão esfolado até ao osso
JOÃO SANCHES

Vivendo novas emoções, fruto de uma presença inédita nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, o Sporting arrancava para esta eliminatória com a expectativa de reunir argumentos que lhe permitissem combater o peso dos desfechos negativos nos confrontos com equipas germânicas. Lançou-se atrás da história na esperança de somar a primeira vitória ao cabo de 15 jogos europeus, mas, apesar de até ter criado boas expectativas nos minutos iniciais, acabou depois por somar erros atrás de erros - alguns dos quais ridículos e risíveis -, também consequência do facto de disputar um encontro desta grandeza entre dois clássicos determinantes na perseguição do principal objectivo da temporada. Nalguns momentos, até pelas opções assumidas por Paulo Bento na composição do onze, sobressaiu a ideia de que parte da cabeça dos jogadores já estava mais preocupada com o jogo de sábado, ante o FC Porto, do que com a missão de superar o "favorito" Bayern. Resultado: foram atropelados por um adversário movido pela energia e pelo talento que corre nas veias de Ribéry e Zé Roberto, os principais motores do campeão da Alemanha… de quem se dizia que estava em crise! O estrondo foi tão grande que o leão, esfolado até ao osso, virou do avesso a perspectiva de cometimento, encaixando a maior humilhação - leia-se derrota - de sempre nas competições da UEFA! Afinal, foi só mais uma noite negra. Sim, porque desta feita até Derlei, que era o talismã leonino na Champions, se "mudou" para o outro lado da trincheira, pois foi uma perda de bola do Ninja, a meio campo, que originou a cavalgada de… Ribéry para o primeiro dos cinco golos da formação bávara. Uma descarga de gelo, a três minutos do período de intervalo, que caiu muito mal aos leões.

No lançamento da partida, Paulo Bento disse que o Sporting iria tentar criar uma ilusão. Parecerá estranho a quem se detiver apenas nos contornos do resultado final, mas, parcialmente, esse objectivo foi conseguido. Durante o primeiro quarto de hora, o Sporting pôs alguma intensidade, embora sem forçar a nota, nas acções de ataque. Gerindo a bola entre os elementos mais dotados tecnicamente - os da linha média -, teve no pé direito de Polga, aos 12', após canto de Rochemback, a melhor oportunidade de golo - evitado por Lahm sobre a linha de baliza -, e depois foi estendendo o domínio e o controlo do jogo. Todavia, cometeu a imprudência de acreditar que, perante um opositor mais posicional do que agressivo sem bola, seria possível transformar os lances desenvolvidos pelos corredores laterais em pontos de partida para golos. Um equívoco do tamanho das torres Lúcio e Demichelis, simplesmente inultrapassáveis nas discussões pelo ar. Havia vontade de investir, mas faltava calma para tentar diferentes soluções, a rasgar, pelo meio. A passividade na primeira zona defensiva do Bayern foi mal aproveitada, porque nem Rochemback nem nenhum dos outros médios teve inspiração e força para desestabilizar. E, nesta fase, o Sporting necessitava de ter pelo menos um elemento rápido e esclarecido para romper e criar desequilíbrios com a bola à flor da relva. Só no segundo tempo, e já depois de o Bayern elevar a diferença para dois golos, é que Paulo Bento atirou para a arena os mais velozes - Vukcevic, Pereirinha e Yannick Djaló. Era tarde, pois a equipa, em termos exibicionais, estava em curva descendente há muito, desde que Ribéry lhe aplicara o primeiro golpe, atestando a eficiência dos ataques rápidos.

A necessidade de gerir a condição física dos jogadores num ciclo competitivo exigente levou o treinador leonino a mudar 75 por cento do quarteto defensivo. Ao devolver Tonel, Abel e Caneira à titularidade, Paulo Bento tencionava dar mais altura e experiência à retaguarda, mas essa aposta saiu furada. É certo que a derrocada teve início numa deficiente transição de Derlei, mas não é menos verdade que a linha recuada não se entendeu face ao poderio atlético de Luca Toni e Klose, que tantas vezes atormentaram também Rochemback, outro leão que se deu mal com as bolas pelo ar… e depois ficou ligado ao 0-3, por ter cometido, escusadamente, grande penalidade sobre Lahm. Mas aí já o desespero falava mais alto num colectivo que se foi abaixo e se entregou assim que apanhou o primeiro soco. Cá dentro, será preciso muito mais para o Sporting (tentar) ser campeão!


Sporting 0-5 Bayern

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