Sensação - FC Porto cede empate e é ultrapassado por Benfica e Sporting

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Sensação - FC Porto cede empate e é ultrapassado por Benfica e Sporting
Trofense dá e tira liderança ao Dragão
O sensacional Trofense, que há uma semana entregara a liderança da Liga ao FC Porto, depois de derrotar (2-0) o Benfica, devolveu ontem aos encarnados o comando da classificação, ao resistir 97 minutos bem medidos sem sofrer golos no Estádio do Dragão. Um resultado que castiga a falta de eficácia de um líder (agora ex-líder), que não chegou a aquecer o lugar.


O FC Porto entrou no jogo com vontade de o resolver sem grandes demoras. Aos três minutos já devia a si próprio dois golos – perdidas de Lisandro e Rodríguez – e a avaliar pela ‘embalagem’, dir-se-ia que a resistência trofense iria ruir em poucos minutos. Mas não foi exactamente assim, muito por culpa da indolência em que o FC Porto se deixou levar.

Esse adormecimento haveria de ser a imagem de marca da exibição portista. O FC Porto controlou, não permitiu grandes veleidades ao Trofense na exploração de lances de contra-ataque (que houve, mas sempre insípidos), mas faltou--lhe sempre algo. Um golpe de asa, um empertigamento, continuidade, enfim, vontade sustentada de ganhar o jogo.

Mesmo na segunda parte, quando seria suposto esperar uma espécie de ‘carga da brigada ligeira’ do ataque portista, assistiu-se a tímidas investidas que terminaram com uma carambola na área do Trofense, com camisolas azuis-e-brancas a perturbar-se umas às outras.

ANÁLISE

TULIPA FLORESCE

No primeiro terço do Campeonato, o Trofense deu de si a imagem de uma equipa moribunda, um condenado fora de tempo. A entrada de Tulipa, um jovem treinador a merecer atenção, deu uma nova alma.

'QUE PASA, LISANDRO?'

Matador infalível na época passada, Lisandro López está este ano longe do fulgor que o tornou ídolo no Dragão e jogador respeitado pelos adversários. Não é que jogue mal, mas fica a ideia de que perdeu o ‘killer instinct’. E a equipa portista ressente-se.

VÁRIAS IMPRECISÕES

Várias imprecisões no trabalho de Luís Reforço. Mas em nenhuma delas ‘mexeu’ com o resultado. No golo anulado a Lucho González, aos 19’, houve uma mão de um jogador portista quando antes saltou à bola.