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Um museu se prepara para o futuro

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Mensagem  Marques Sex Nov 21, 2008 9:19 am

Para comemorar o seu 50° aniversário em 2009, o Museu dos Transportes em Lucerna será completamente saneado. Enquanto isso, a instituição ganha uma nova recepção e também uma oficina de mídia.

Apertar os botões e desencadear um processo técnico. Observar e admirar. O Museu dos Transportes em Lucerna encanta as diferentes gerações de visitantes.

Isso não apenas através de aviões e locomotivas históricas, mas também através de muitos elementos lúdicos.

Juntamente com a modernização que está sofrendo nesses últimos dias, o museu mais popular da Suíça se transforma aos poucos em um grande salão de jogos. "Nós nos entendemos como um parque temático sobre a mobilidade e não apenas como um simples museu", declara seu presidente, Franz Steinegger.

A chamada "Media-Factory" é um projeto midiático realizado em conjunto com a SRG SSR idée suisse (Sociedade Suíça de Radiodifusão e Televisão). No local, os visitantes podem produzir seus próprios programas de rádio e tevê, arquivá-los, levá-los consigo ou mesmo enviá-los por internet para as suas residências ou escolas. Os estúdios e toda a rede digital correspondem ao estágio atual da tecnologia.

"As crianças podem brincar de apresentador ou mesmo entrar no papel de um diretor de imagens durante um jogo de futebol ou concerto musical", explica o diretor da exposição, Daniel Schlup. "Assim eles percebem que o mundo na telinha não é completo. Isso é uma descoberta muito importante."

Heliporto para seis

O saneamento completo da instituição deve estar concluído até o verão do ano que vem, quando ocorrem as comemorações dos seus 50 anos de existência. O termo "Verkehrshaus" (n.r.: traduzido diretamente do alemão seria Casa dos Transportes) já era no momento da sua abertura, em 1959, um "exagero simpático", avalia a arquiteta Annette Gigon. "Já na época a casa estava dividida em diversos pavilhões com os objetos expostos, ou seja, não era apenas uma casa".

Em 1999, o escritório de arquitetos Gigon e Guyer ganhou o primeiro prêmio para a reconstrução do espaço. Com a demolição do antigo pavilhão de tijolos no pátio interno, surge um grande espaço que deve ser utilizado para exposições especiais. "Nessa arena até seis helicópteros poderão pousar de uma só vez. Haverá espaço também para um grande navio ou até 450 automóveis", alegra-se o diretor Daniel Suter.

Homenagem à roda


Juntamente com a abertura da nova arena, um novo pavilhão dedicado ao tema "Tráfego" será aberto em junho de 2009. Sua arquitetura lembra a de um edifício-garagem ou uma fábrica, onde os automóveis são empilhados em suportes. Um robô leva os veículos diretamente às pessoas através de comandos dados nos botões. "Isso é único no mundo", orgulha-se Suter. "Os visitantes podem decidir qual modelo eles querem ver mais detalhadamente".

Há poucos dias, a nova recepção do museu está em funcionamento. Sua fachada externa é feita de vidro industrial. Por trás dela, em um espaço intermediário, foram colocados centenas de rodas, rodas dentadas, turbinas, hélices e timões. De acordo com a refração da luz, a fachada muda a sua cor e aparência. Annette Gigon considera o "mescla de metais reciclados" como "uma homenagem ao elemento básico da mobilidade mecânica".

Financiamento próprio


Os trabalhos de saneamento dos pavilhões de "Aviação e astronáutica" e "Construção naval" também já foram concluídos. Devido às comemorações do 100° jubileu da Companhia de Trem do Gotthard, a rede de trem foi reestruturada. Ao mesmo tempo, o Museu dos Transportes recebeu uma estação própria do metrô de superfície.

Em média, cada suíço visita três vezes o Museu dos Transportes durante a sua vida, como acredita Suter: - "Como aluno, pai e depois como avô". Isso agora deve mudar. Através das exposições especiais e "novidades permanentes" e, apesar da "forte concorrência de outros museus e eventos", o diretor quer aumentar o número de visitantes.

O museu é financiado em grande parte pelos bilhetes de entrada. "Somos orgulhosos disso", reforça o presidente Steinegger. "Somos o museu nacional mais barato do país. Com o dinheiro público financiamos, sobretudo, nossas tarefas, ou seja, a coleção, catalogação e manutenção dos objetos expostos".

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