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Quando Portugal se chamava Lusitânia

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Mensagem  mtv2006 Seg Dez 29, 2008 12:46 pm

Lusitânia

Localização da província Lusitânia (em destaque) no Império Romano.
Anexada em: 29 a.C., por divisão da Hispânia Ulterior
Imperador romano: César Augusto
Capital: Emerita Augusta (Mérida)
Fronteiras (províncias): Sudeste: Bética Norte: Galécia Nordeste: Tarraconense
Correspondência actual: Portugal (até ao rio Douro) e Extremadura espanhola
Lusitânia (em latim Lusitania) é o nome dado, na Antiguidade, ao território onde viveram os lusitanos. O nome passou a designar, após a conquista romana, uma província da Hispânia Ulterior. Sua capital era Emerita Augusta (atualmente Mérida) .

O historiador e geógrafo grego Estrabão (aprox. 63 a.C - 24 d.C) descreveu a Lusitânia pré-romana, numa primeira análise, desde o Tejo à costa cantábrica, tendo a Ocidente o Atlântico e a Oriente as terras de tribos célticas. Quando em 29 a.C. foi criada por Augusto a província Lusitânia, o limite ao norte passou a ser o rio Douro e ao sul ultrapassou o Tejo, anexando a Extremadura espanhola, Alentejo e Algarve; e a oriente ocupou parte das terras dos célticos.Lusitânia é a origem do movimento lusitanista ou Lusitanismo.
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Mensagem  mtv2006 Seg Dez 29, 2008 12:46 pm

História

Apesar de as fronteiras da Lusitânia não coincidirem perfeitamente com as de Portugal de hoje, os povos que aqui habitaram são uma das bases etnológicas dos portugueses do centro e sul e também dos extremenhos da Extremadura espanhola. Desde épocas remotas esta faixa territorial foi ocupada pelo homem. Dos tempos pré-históricos restam vestígios como as grutas naturais e artificiais de Estoril, Cascais, Peniche, Palmela Escoural ou também a cova chamada "Cuna de Viriato" em Valência de Alcântara ou Maltravieso em Cáceres (Estremadura espanhola). A cova de Escoural foi descoberta acidentalmente por uma detonação de uma pedreira e estudada de imediato pelo Dr. Farinha dos Santos que encontrou intactos os restos mortais dos ocupantes deste refúgio, abrigo e jazida funerária; outras jazidas com restos do paleolítico e neolítico são os conceiros do vale do Tejo e Sado, em Muge, da ribeira de Magos, dos arredores da Figueira. Mas principalmente a cultura megalítica, com os dólmens, monumentos de falsas cúpulas de Alcalar no Algarve, que teve no território português um dos seus maiores focos de expansão junto com o oeste estremenho (a célebre "ruta de los dolmenes" da Estremadura), constitui um testemunho, que desde épocas longínquas este território foi um «habitat» privilegiados.

Supõe-se que o Périplo de um navegador Massaliota, efectuado por volta de 520 a.C. que descreve a sua viagem marítima ao longo das costas da península, tenha sido aproveitado por Rufo Festo Avieno, escritor do século IV para compor a Ode Marítima. No seu poema, Avieno refere-se aos Estrímnios, que podem ser considerados o mais antigo povo identificado neste território, procedente do Norte de África. O poema ainda refere que as regiões da costa cantábrica eram habitadas pelos Draganos, e a sul, na actual região do Algarve, os Cinetes ou Cónios.

Muitos dos povos antigos que entraram na Península Ibérica deixaram no território da Lusitânia vestígios bem marcados dos contactos comerciais e de influência cultural, nomeadamente, e perfeitamente acentuados e reveladores de uma assimilação mais profunda, são os vestígios da ocupação romana e também os das invasões dos visigodos e dos árabes. Alguns historiadores antigos referem-se ao ouro da Lusitânia, riqueza que como a prata é hoje testemunhada pela frequência dos achados em Portugal, de numerosas jóias típicas fabricadas com esses metais — colares, braceletes, pulseiras, arrecadas, etc. O cobre, em abundância, extraía-se das minas do Sul. O chumbo encontrava-se, segundo Plínio, na cidade lusitana de Medubriga Plumbaria, que da abundância local daquele minério teria recebido o nome.
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Mensagem  mtv2006 Seg Dez 29, 2008 12:47 pm

Divisão administrativa

Na divisão administrativa romana foi dividida em três conventus, Emerita, Pax, e Scalabis no total de 46 populis, sendo 5 cidades de colonos romanos, entre as quais as duas que correpondiam a Beja (Pax Julia) e Santarém (Scalabis); uma outra município de direito romano, Olissipo (Lisboa); três usufruíam o direito lácio - Ebora, Myrtilis e Salacia (Évora, Mértola e Alcácer do Sal); finalmente 37 eram da classe estipendiária, entre as quais se destacam Aeminium (Coimbra), Balsa (Tavira), Miróbriga (Santiago do Cacém).

Algumas dessas comunidades encontram-se por localizar com precisão: Ossonoba (Faro?), Cetóbriga (Tróia de Setúbal?), Collippo (Leiria), Arabriga (Alenquer).

O vínculo administrativo com Roma terminaria em 411 quando o imperador Honório, após um prolongado período de guerra civil, estabeleceu um pacto com os Alanos que lhes concedia a Lusitânia. Dois anos mais tarde, porém, seriam os Visigodos a expulsar os Alanos, iniciando o domínio da Lusitânia a sul do Tejo, enquanto que a norte os Suevos continuavam com o seu reino com capital em Braga.


Os Lusitanos

Os lusitanos são normalmente vistos como uns dos antepassados dos portugueses do centro e sul do país e dos extremenhos. Eram um povo celtibérico que viveu na parte ocidental da Península Ibérica. Primeiramente, uma única tribo que vivia entre os rios Douro e Tejo ou Tejo e Guadiana. Ao norte do Douro limitavam com os galaicos e astures - que constituem a maior parte dos habitantes do norte de Portugal - na província romana de Galécia, ao sul com os béticos e ao oeste com os celtiberos na área mais central da Hispânia Tarraconense.

A figura mais notável entre os lusitanos foi Viriato, um dos seus líderes no combate aos romanos.
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