"Vim para ser campeão"

**TIT@** Qui Dez 25, 2008 9:04 am

"Vim para ser campeão"
entrevista Cristian Rodríguez jogador do f. c. portO
Cristian Rodríguez agitou o defeso da época 2008/09. O avançado uruguaio esteve no epicentro da primeira vitória do F. C. Porto, mesmo antes do arranque da temporada. Depois de em 2007/08 ter sido a grande figura da equipa do Benfica, Rodríguez preferiu vestir de azul e branco.

Coisa acertada em cinco minutos. Não demorou a encarnar o espírito do dragão, mas o processo de crescimento do renovado plantel portista ajudou a atrasar a entrada do uruguaio em velocidade cruzeiro. Em entrevista ao JN, a primeira desde que ingressou no tricampeão, Rodríguez revela por que razão não hesitou em deixar o emblema da águia. Diz que veio em busca de títulos. Com apenas 23 anos, tempo é coisa que não lhe falta para triunfar com a camisola azul e branca.

A dimensão do F. C. Porto surpreendeu-o?

Visto de fora, sabia que o F. C. Porto possui uma grande organização, que ganha muitos títulos. Por isso, esperava algo lindo e grandioso, como o que sinto agora. Surgiu a oportunidade de representar este grande clube e estou muito feliz com isso.

Na época passada, jogou no grande rival, conhece as duas realidades. Por que razão o F. C. Porto ganha mais vezes do que o Benfica?

É um clube habituado a vencer, que aspira sempre a mais e mais. No F. C. Porto, trabalha-se com seriedade e em conjunto. Existe uma estrutura muito forte em redor da equipa. E todos dão o máximo para que os jogadores estejam sempre bem.

Foi devido à imagem de clube vencedor que apenas demorou cinco minutos a decidir-se, na hora de negociar o contrato?

É verdade. Foi tudo mesmo muito simples. Todos sabíamos o que queríamos. Vim para cá a pensar em ser campeão e, se assim acontecer, será uma época perfeita. É claro que também entendi que este era o clube ideal para melhorar e aprender. Tenho apenas 23 anos. Todo o mundo sabe o que vale o F. C. Porto e isso foi determinante. Assinei com a convicção de que estava a fazer a melhor opção e sinto-me muito contente. O Benfica é passado.

Mas, entretanto, já regressou ao Estádio da Luz, para defrontar os antigos companheiros. Como se sentiu?

Confesso que foi um pouco doloroso. A decisão de representar o F. C. Porto foi um passo complicado na vida, mas sou um futebolista que dá sempre tudo pelo clube que defende. Esse é o meu estilo. Há quem aplauda e... quem odeie.

Tem, muitas vezes, de levar com os apupos dos adeptos encarnados. Como convive com a situação?

É uma situação normal em futebol e que não me preocupa. Já estou habituado a conviver com isso, pois são consequências do próprio trabalho.

Depois de um período menos positivo, com três derrotas seguidas, a equipa parece ter recuperado o rumo certo. Qual foi o segredo que permitiu, quase de um momento para o outro, recuperar o bom futebol e iniciar um ciclo de nove vitórias consecutivas?

A qualidade dos jogadores esteve na base de uma grande resposta. O F. C. Porto está acostumado a ganhar. Todos trabalhamos para isso. A realidade é que as coisas nos correram um pouco mal, durante mais ou menos um mês. Felizmente, conseguimos sair dessa situação e dar a volta por cima.

O que faltou, então, durante a fase negativa?

Tínhamos de melhorar os índices de confiança e, também, de jogar melhor. A esse nível, tudo mudou. Fizemos um grande final de fase de grupos da Champions e voltámos aos bons resultados na Liga.

Chegaram a pensar que poderiam não ser apurados para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões?

Nunca. Confiámos no nosso valor, na equipa técnica e sempre tivemos o apoio de toda a estrutura que rodeia o plantel.

J/N