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Cuidados com crianças.

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Cuidados com crianças. Empty Cuidados com crianças.

Mensagem  TIT@ Ter Dez 16, 2008 6:41 pm

Cuidados com crianças.

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Usa o cinto?
Porque é que o seu filho não usa a cadeirinha?
A vida dele é menos importante que a sua?

Alguns Números

Quando as crianças têm febre, são rapidamente levadas ao médico, se tentam subir em um banco e se debruçam em uma janela, são imediatamente repreendidas, então porque razão os pais são tão negligentes quando se trata do aspecto mais crítico da segurança dos seus filhos?

Os acidentes de trânsito são a principal causa de mortalidade infantil desde o nascimento até os 14 anos de idade, dentre as causas externas. De acordo com o Ministério da Saúde, por ano mais de 2400 crianças perdem a vida em conseqüência de acidentes de trânsito no Brasil, isso considerando apenas as vítimas fatais no local do acidente.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) calculou que o total de vítimas fatais em acidentes de trânsito no mundo ultrapassará um milhão dentro de 15 anos. De acordo com os cálculos da Cruz Vermelha, morrem cerca de 650.000 pessoas por ano e, por isso, se fala de uma catástrofe silenciosa à escala mundial. De todos os acidentes de tráfego, pelo menos 95% ocorrem nas estradas.

No Brasil, mais de 30.000 pessoas (número subestimado) morrem por ano. O Ministério da Saúde considera este cálculo subestimado em virtude de registros insuficientes e mortes contabilizadas apenas no local do acidente, não considerando as vítimas encaminhadas aos hospitais. Estima-se que o número real seja de aproximadamente 60.000 por ano.
De acordo com um relatório da organização dos estados ibero-americanos, no Brasil, entre 1994 e 2004, o número de jovens mortos em acidentes de trânsito cresceu 24,3%. No estado de Tocantins, o crescimento foi de 363%. No Maranhão, aumento de 328%. Houve queda no Distrito Federal, em Roraima e a maior foi em São Paulo: -8%.

Num estudo sobre a utilização do cinto de segurança pela Artesp (Agência dos Transportes do Estado de São Paulo) nas rodovias concedidas de São Paulo constatou-se que apenas 33% dos passageiros fazem uso do equipamento de segurança no banco traseiro. Verificou-se ainda que embora 89% das crianças estivessem no banco traseiro, apenas 20% delas usavam cinto.

Outra pesquisa recente comprovou estes dados, acrescentando ainda o uso da cadeira de segurança. Em uma pesquisa realizada na cidade de Curitiba, pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT e a Diretoria de Trânsito de Curitiba – Diretran, em 2006, revelou alguns dados importantes: numa amostra de 456 veículos e 576 crianças, 82,8% estavam sendo transportadas de forma inadequada e somente 17,2% de forma correta, na cadeira de segurança ou com cinto de segurança, apropriados ao peso e altura da criança.

Infelizmente a grande maioria das crianças continua viajando no automóvel sem qualquer tipo de proteção, soltas no banco de trás, ou até mesmo no colo.

Porque morrem tantas crianças nas estradas brasileiras? Existem obviamente três grandes responsáveis: os pais, a fiscalização e o Estado enquanto legislador.
Os Pais
Os pais são grandes responsáveis. A sua negligência ao transportarem os seus filhos sem qualquer proteção conduz a situações dramáticas, das quais todos deveriam envergonhar.
Quando os veículos são cada vez mais seguros e possuem um grande número de acessórios como airbags , ABS, ESP, etc, é irresponsável e criminoso transportar as crianças sem qualquer proteção. Vejamos algumas desculpas típicas dos pais:


“A minha criança viaja sem cadeira, mas no colo da mãe, que pode segurá-la”.




Num choque contra uma barreira fixa a partir de 10-20 km/h o “segurar” é impossível. Uma criança de 10 kg num choque a 50 Km/h “pesa” cerca de 200 kg, ou seja, 20 vezes o seu próprio peso. Por outro lado, é conhecido que uma criança não é um adulto em miniatura. Proporcionalmente a um adulto a cabeça é muito maior e a coluna, durante os primeiros anos de vida está em processo de ossificação, isso significa que as crianças são muito mais frágeis que os adultos.


“Viajando no banco de trás não há problema, porque em caso de acidente os bancos amortecem”.




Falso por três razões:
1º) Os bancos dos automóveis não suportam forças muito elevadas e podem ceder.
2º) A criança ao deslocar-se e colidir violentamente com o banco da frente sofre desacelerações muito superiores àquelas que sofreria se fosse na cadeirinha. As acelerações são a principal causa de morte nos acidentes de automóveis e não os ferimentos “com sangue”.
3º) Num choque frontal existe uma grande probabilidade da criança “passar” entre os bancos e ir colidir com o pára-brisa, ou até mesmo ser lançada para fora do veículo. Nos choques laterais a criança choca-se violentamente com as portas. Em situações de capotamento, a criança pode ser projetada do carro e ser esmagada, ou, permanecendo no interior do carro, sofrer, por exemplo, lesões irreversíveis na coluna, o que significa ficar paraplégica ou tetraplégica e passar o resto da vida numa cadeira de rodas. Estudos demonstram que, se a criança viaja na cadeirinha ou banco (de acordo com a idade) e com os cintos corretamente colocados, a probabilidade de ser projetada em caso de acidente é reduzida em 96%.



“A viagem de casa para a escola é muito curta, eu dirijo com muito cuidado e não vale a pena. Só nas grandes viagens é que coloco a criança na cadeirinha”.




Contrário do que a maioria das pessoas pensa, a maior parte dos acidentes com crianças ocorre em distâncias curtas e, em muitas das situações (cerca de 70%), perto de casa. Na estrada não dependemos apenas de nós próprios e o acidente ocorre, muitas vezes, quando menos se espera.
Como as crianças não são adultos em miniatura, a probabilidade de sofrerem lesões do pescoço ou coluna, particularmente para aqueles que tem idade abaixo dos 4 anos é muito grande. O transporte de crianças até o 1 ano de idade (ou 9 Kg) deve, obrigatoriamente, ser efetuado na posição invertida, isto é, com a cadeira de costas para o movimento, pois, deste modo, reduz-se em 90% a probabilidade de ocorrerem as referidas lesões.


“O meu problema é que o meu filho não quer ir na cadeirinha, e prefiro que vá solto, do que vá o tempo todo chorando”.
ou
“Ele viaja muito desconfortável na cadeirinha, sem poder se mexer”.




As crianças vivem colocando os pais à prova. Às refeições, quando não querem se vestir, quando não querem ir à escola ou quando não querem sair da escola. O mais interessante é que nestas situações os pais geralmente não cedem. Então porque razões muitos dos pais cedem quando se fala na segurança dos seus filhos? Se a criança viajar com a cadeirinha adequada e com os cintos corretamente instalados, reduz-se em 70 a 80% as conseqüências de um acidente. A cadeirinha é, tal como o seu quarto, um espaço da própria criança que, desde que seja educada nesse sentido, se acostuma e nunca mais larga.

Ou seja, desde que as crianças sejam conscientizadas para a forma como as transportamos, elas próprias exigem a sua segurança.



“Como já tem 6 anos já não usa a cadeirinha, vai no assento de trás do carro com o cinto de segurança ”.


As cadeiras de segurança devem ser usadas até 36 Kg ou, no mínimo, 1,45 m de altura. Os cintos dos automóveis são projetados para adultos. Lesões abdominais são drasticamente reduzidas pela utilização do booster ou “banquinho”.

O uso das cadeiras de segurança é extremamente importante para a sobrevida em caso de acidente, porém um fato que não pode ser deixado de lado é a instalação correta do equipamento. Muitas pessoas utilizam os sistema de retenção de forma errônea o que causa grandes problemas no momento da colisão. Toda cadeira de segurança deve ser instalada de acordo com o manual do fabricante e deve-se procurar ajuda especializada em caso de não conseguir instalar corretamente.

Outra questão é a certificação do produto. Para as cadeiras de segurança produzidas no Brasil não é exigido o selo de certificação. Isso implica na falta de testes de eficiência destes produtos. Para cadeiras importadas a preocupação é praticamente nula, pois todos os produtos são, obrigatoriamente, certificados antes da saída da fábrica.
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